domingo, 16 de outubro de 2011

Assistindo Aprendendo

A gente tâ assistindo de novo o seriado Alice. Issta vez sem subtítulos , e da para entener.
Entender e aprender.

Aquio dois palavras que nos aprendemos:
chateado, a [ʃate'adu, da] adj molesto(a), fastidiado(a)
sumido, a [su'midu, da] adj
1. desaparecido(a), oculto(a).
2. (olhos) hundidos.
3. (longínquo) distante. 
4. (magro) delgado(a), flaco(a), chupado(a)

Alice S01E01 (HBO)

 

sábado, 8 de outubro de 2011

Tanto Mar


Ista É uma musica genial de Chico que fala da Revolução dos Cravos acontecida em Portugal, seu pá, nê?


Tanto Mar

Chico Buarque

Sei que está em festa, pá
Fico contente
E enquanto estou ausente
Guarda um cravo para mim
Eu queria estar na festa, pá
Com a tua gente
E colher pessoalmente
Uma flor no teu jardim
Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei, também, que é preciso, pá
Navegar, navegar
Lá faz primavera, pá
Cá estou doente
Manda urgentemente
Algum cheirinho de alecrim
Foi bonita a festa, pá
Fiquei contente
Ainda guardo renitente
Um velho cravo para mim
Já murcharam tua festa, pá
Mas certamente
Esqueceram uma semente
Nalgum canto de jardim
Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei, também, quanto é preciso, pá
Navegar, navegar
Canta primavera, pá
Cá estou carente
Manda novamente
Algum cheirinho de alecrim
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Vocabulario:
Alecrim - romero

MPB for all

A música brasileira tem tudo para mim, tem para todos. Tenho tanto para descobrir ainda!
Uma música leva a outras, é asim

Paratodos

Chico Buarque

O meu pai era paulista
Meu avô, pernambucano
O meu bisavô, mineiro
Meu tataravô, baiano
Meu maestro soberano
Foi Antonio Brasileiro
Foi Antonio Brasileiro
Quem soprou esta toada
Que cobri de redondilhas
Pra seguir minha jornada
E com a vista enevoada
Ver o inferno e maravilhas
Nessas tortuosas trilhas
A viola me redime
Creia, ilustre cavalheiro
Contra fel, moléstia, crime
Use Dorival Caymmi
Vá de Jackson do Pandeiro
Vi cidades, vi dinheiro
Bandoleiros, vi hospícios
Moças feito passarinho
Avoando de edifícios
Fume Ari, cheire Vinícius
Beba Nelson Cavaquinho
Para um coração mesquinho
Contra a solidão agreste
Luiz Gonzaga é tiro certo
Pixinguinha é inconteste
Tome Noel, Cartola, Orestes
Caetano e João Gilberto
Viva Erasmo, Ben, Roberto
Gil e Hermeto, palmas para
Todos os instrumentistas
Salve Edu, Bituca, Nara
Gal, Bethania, Rita, Clara
Evoé, jovens à vista
O meu pai era paulista
Meu avô, pernambucano
O meu bisavô, mineiro
Meu tataravô, baiano
Vou na estrada há muitos anos
Sou um artista brasileiro
Vocabulário
enevoado, a [enevo'adu, da] adj nublado(a)
fel ['fεw] (pl féis ou felesm hiel ƒ
incontestável [¦˜ko˜teʃ'tavεw] adj incontestable, indiscutible

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Cavaleiro Andante


Cavaleiro Andante - Gabriel O Pensador

Não me arrependo nem do que eu não fiz
não vou na onda desses imbecis
não tô na boca nem tô no nariz
quem fala muito não sabe o que diz
No meio do caminho pode ter uma pedra
Mas no meio dessa pedra pode ter um caminho
A pedra no caminho pode ser um diamante
Pode ser que ela me atrase, pode que eu me adiante
Toda pedra pode ser um diamante
Todo dia pode ser um grande dia
Toda noite pode ser aquela noite
Aquela noite não foi mas também podia
Aprendi na poesia anestesiante
E na porrada sagrada de cada dia
Que a gente pode e deve ser confiante
Mas não pode dar mole nem quando a gente confia
Não me arrependo nem do que eu não fiz
não vou na onda desses imbecis
não tô na boca nem tô no nariz
quem fala muito não sabe o que diz
Esqueceram um zero na minha conta
Se der mole, vagabundo monta, o esquema é uma cama de gato
Mas não vão me derrubar, não sou eu quem vai pagar o pato
Não sou queijo pra engordar o rato
Não fico de bobeira cafungando nessa ratoeira
Quero ver quem vai dizer quem é ingrato
Tô na dividida mas não entro de primeira
Levei uma rasteira de quem sempre me tabelou comigo
Antes só do que andar com esse tipo de amigo
Malandro é malandro, mané é mané
Mas quem faz pose de malandro é porque não é
Não me arrependo nem do que eu não fiz
não vou na onda desses imbecis
não tô na boca nem tô no nariz
quem fala muito não sabe o que diz
Cavaleiro Andante! Sempre tô de pé
Pro que der e vier, vou do jeito que der
Cavaleiro Andante! Aprendi bastante
Que a cabeça não é só pra segurar o boné
Cavaleiro Andante! Sempre tô de pé
Pro que der e vier, vou do jeito que der
Sei que a pedra no caminho pode ser um diamante
Nem sempre o que parece é, sei que a corda arrebenta no lado mais fraco / Sei que a vida é uma sinuca, mas confio no meu taco
Confio no meu taco, se liga, pela-saco
Na mesa é na caçapa mas no campo é no buraco
Ouvi dizer que se ficar o bicho come, se correr o bicho pega,
Mas a regra vai mudar
Se eu ficar o bicho some, se eu correr o bicho arrega
Se eu quiser pegar o bicho ele se entrega, se eu pedir o bicho dá
Se eu quiser que o bicho pegue aí o bicho vai pegar
A cobra vai fumar, o coro vai comer
O coro tá comendo então vai vendo, pode ver
Eu já cantei a pedra pra você
Não me arrependo nem do que eu não fiz
não vou na onda desses imbecis
não tô na boca nem tô no nariz
quem fala muito não sabe o que diz
Fui Pixote, sei andar na escuridão
Enfrentar moinho, derrubar dragão
Cavaleiro Andante, sei andar sozinho
Dom Quixote não tem medo de alucinação
Desde o saco do meu pai tô na batalha
Não nasci pra ser esparro de canalha!