segunda-feira, 4 de junho de 2012

Tentando escrever


      Exercitando a escrita em português encontro-me nesta situação de criar. Criar uma narração, uma crônica ou apenas uma simples descrição. Escrever, não é difícil não, mas achar o tema, ai está o verdadeiro desafio. Sempre gostei de desenhar, mesmo que não seja bom desenhador. Porém a mesma coisa sempre aconteceu, não encontro o que criar no papel.
     Há dias que estou lutando com a ideia de escrever alguma coisa interessante. Tentei várias alternativas. Comecei por botar um par de ideias, ou coisas, e depois vincula-las. Imaginar o cenário, as personagens e tal. Presidente, avião, acidente. Bicicleta, vento. Mas que tenho a dizer? Nada
     Tentei começar por escrever, sem pensar de mais. Descrição de cenário, personagem e que estória flua. Mas nada. O enredo nem começou.
     Uma ideia brilhante vem a minha mente - diretamente dum sono. E se eu escrever baseado num sono? Bom material! Tem a ver comigo, tem a ver com as emoções, as fantasias. Ótimo! Esses temas que se repetem, esses sonos de aventuras, cenários diversos, personagens familiares; tudo a minha disposição! Fascinantes estórias, ao menos logo depois de acordar, lembrar agora mesmo, não e fácil não.
     Tal vez copiar sem copiar, coisa que alguns chamam de inspiração. Teria que ler contos, muitos contos, e prefiro os romances a ler contos curtos. Também não tenho tempo de ler, só estou com vontade de escrever.
     Que bom seria escrever como Chico Xavier! Tal vez o espirito de Poe venha a minha ajuda. Escreveria “O Urubu”. O bicho desde o lixão do meu bairro veria a se posar em o busto de um herói antigo. Mas não, meu quarto ficaria assombrado e eu perdido na depressão do augúrio do pássaro malfeitor.  Ou que tal uma narração espontânea sobre um grão de areia, o algo melhor que areia, um limão. Limão que saborosas nossa cachaça, quanto temos te espremido, quanto mais vais a aguentar! Melhor um conterrâneo, Onetti! Poderia cair em num Poço, mas seria o mesmo poço de Onetti, e isso eu não posso. Ou junto a Cortazar desenhar um novo jogo de amarelinha, porem perder-me-ia na trama da mesma forma que me perdi lendo a Amarelinha original.
    Acho que prefiro desistir de mágica que invadiu ao Chico, melhor seguir nosso próprio caminho. Se Paul Auster escreve sobre escrever, eu também posso. Fim.

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